Evolução

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História Evolutiva

As tartarugas marinhas são representantes da mais antiga linhagem de répteis vivos, e são um componente primitivo e singular da diversidade biológica, sendo parte importante dos ecossistemas marinhos que apareceram pela primeira vez no Jurássico.

As tartarugas são descritas, originalmente, como animais terrestres datando no triássico anterior (aproximadamente 220 milhões de anos) antes mesmo dos dinossauros e são considerados a linhagem mais antiga de répteis. Tal datação se dá devido à um fóssil de Odontochelys semitestacea encontrado na China em 2008. Esse fóssil se difere das tartarugas atuais, principalmente, pela presença de dentes e ausência de carapaça e é considerado a evidência mais antiga de tartaruga, ele tem aproximadamente 40 cm de comprimento.

A evidência mais antiga de tartaruga anterior a esta descoberta de fóssil, era o fóssil Proganochelys, ele foi considerado por anos o ancestral mais antigo das tartarugas. Encontrado na Alemanha, ele é datado de 206 milhões de anos. Ao contrário do fóssil anterior, a presença de carapaça bastante ossificada e membros adaptados à vida terrestre já eram bem evidentes. Outras características importantes são o fato dos dentes já não estarem mais presentes e ele ter uma longa cauda com espinhos.

Já o fóssil de tartaruga marinha mais antigo, foi encontrado mais recentemente, em 2015 na Colômbia. Um esqueleto parcial do Desmatochelys padillai, e foi datado de 120 milhões de anos. Tal esqueleto tem um comprimento de cerca de 2 m, mostrando traços característicos de tartarugas marinhas atuais.

Antes dele ser descoberto, o fóssil de tartaruga marinha considerado mais antigo era o Santanachelys, datado 110 milhões de anos, encontrado no interior do Ceará, na chapada do Araripe. Esse fóssil tinha as nadadeiras pequenas em relação ao corpo e no crânio e já havia indicativos de glândulas de sal, que são consideradas forte sinal de adaptações à vida marinha.

Análises desses fósseis permitiram constatar que as tartarugas marinhas atuais não sofreram muitas modificações desde os registros fósseis mais antigos desse grupo.

O maior fóssil de tartaruga marinha já encontrado pertence à espécie Archelon ischyros datado de, aproximadamente, 70 milhões de anos atrás, no cretáceo. O fóssil mede cerca de 4,6 metros de comprimento de carapaça e pesando, aproximadamente, duas toneladas.

Foram encontrados no Brasil dezenas de fósseis de tartarugas, em diferentes estados. O que demostra que as tartarugas sempre estiveram presentes aqui na nossa região.

No cretáceo, cerca de 70 milhões de anos atrás, estavam presentes quatro famílias de tartarugas marinhas (Toxochelyidae, Protostegidae, Cheloniidae e Dermochelyidae), e apenas as duas últimas permaneceram vivas até aos dias atuais. Há aproximadamente 60 milhões de anos, no eocênico, surgiram as espécies mais atuais.

O surgimento da carapaça foi um marco crucial para a adaptação e sobrevivência desses animais em novos ambientes, como o mar. A adaptação mais significante foi o surgimento da carapaça coriáceos ou córneas a partir da redução do número de vértebras e fusão das costelas que é sua principal forma de defesa e proteção contra predadores.

Além disso, a seleção natural favoreceu o desenvolvimento do plastrão para proteção ventral, ao contrário das tartarugas terrestres, que mantinham a região ventral protegida pelo contato com o solo. Para as tartarugas marinhas,  carapaça tornou-se mais achatada ficando mais leve e hidrodinâmica facilitando o nado.

Outras adaptações importantes foram que a patas com garras transformaram-se em nadadeiras com pequenas unhas para moverem-se com mais eficiência debaixo d’água. Perderam os dentes e adquiriram bico córneo, de corte afiado, adaptado aos diferentes hábitos alimentares destes animais e uma das adaptações mais importantes foi o surgimento de glândulas de sal, localizadas atrás dos glóbulos oculares, que possuem função de filtrar o excesso de sal, que é excretado através de “lagrimas”.

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